terça-feira, 24 de março de 2009

O FANDANKERB


“Fandankerb" é um neologismo criado pelos pesquisadores gaúchos Paixão Côrtes e Barbosa Lessa para caracterizar a simbiose havida, no Rio Grande do Sul, entre as coreografias do folk-gaúcho (fandango) e as platt-deutsch ("kerb"). Isso se deve a mistura de culturas que vai ocorrer entre os gaúchos e colonos germânicos no período de imigração.
Contam que no início os alemães imigrados para o Brasil mantinham suas festas idênticas às do seu país de origem. Os viajantes europeus em visita às colônias nada estranhavam, já que encontravam ali um espelho do que já conheciam. Danças como a Siebenschritt e a Kreuzpolka se mantiveram fiéis mesmo do outro lado do oceano. Além disso, as valsas, "rheinländer" e polcas eram alguns dos estilos predominantes.
Ao mesmo tempo, na antiga parte de colonização Ibérica, os fazendeiros mantinham os hábitos das festas trazidas por açorianos e vicentistas. O Fandango era o movimento das festas gaúchas, com sapateados, danças e cantos.
Com a moda vinda da Europa, além dos costumes festivos dos gaúchos e imigrantes, passa-se a observar em Porto Alegre a mescla de tendências e coreografias.
O que o colono chamava de "polka" o porto-alegrense chamava de "schottisch" e vice-e-versa. Percorrendo caminhos distintos, tanto as danças dos colonos como as novidades dos bailes campeiros dentro em breve estariam se caracterizando pelos mesmos giros, passos-de-polka e valseios. "Schottisch", "Siebenschritt", "Herr Schmied" e outras passaram a ser primas do "Chote", Chote Carreirinho", "Prisioneira" e etc...

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