sábado, 18 de abril de 2009

Paulo Freire, andarilho de muitos caminhos.


Este texto foi publicado na Revista Mundo Jovem, no mês de abril de 2009 e no Jornal A Cidade, de São Leopoldo. Estamos reproduzindo com autorização da autora. Acredito ser importante...


Paulo Freire revelou-se um dos maiores educadores do mundo, com significativo reconhecimento internacional. Na educação, primeiramente no Brasil, e depois na América Latina, África e Europa, mais do que consolidar uma metodologia, mais do que um jeito de ensinar, concretizou um jeito de aprender.
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, em 1921 e durante sua infância vivenciou a fome e a pobreza. Comprometido com os mais pobres, caminhou na busca permanente de justiça e igualdade para crianças, jovens e adultos de nosso país.
O direito de ler e escrever
No nordeste do Brasil iniciou sua atuação primeiramente junto ao Serviço Social da Indústria. Esta experiência reconhecida por Freire como um tempo fundante, foi especial para que, junto com outros importantes educadores, trilhassem os rumos que consolidariam no Brasil os princípios que até hoje norteiam a educação popular.
Na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte, durante os processos de implantação de turmas de alfabetização de jovens e adultos fez nascer os Círculos de Cultura, que eram mais do que espaços para a leitura das palavras. Eram o lugar de ler o mundo, onde a conscientização do sujeito e a busca pela igualdade eram o principal conteúdo aprendido. As palavras geradoras lidas no cotidiano compunham o repertório cultural daqueles grupos que em casas, igrejas e ruas conquistavam o direito de ler e escrever.
A plena atuação no nordeste resultou em um convite feito pelo então Presidente da República, João Goulart (1963), para que Freire fosse secretário nacional de alfabetização, com o intuito de pensar e implantar um Plano Nacional de Alfabetização para o Brasil. Porém, impedido pelo Golpe Militar de 1964, a grande experiência de educação popular, que ganharia repercussão em todo o Brasil, não saiu do papel. Acredita-se que de fato, se Freire não fosse interrompido, hoje em nosso país não teríamos 30 milhões de brasileiros em situação de analfabetismo funcional.


Utopia renovada
Durante o período em que o Brasil esteve imerso na ditadura, Freire foi preso e posteriormente exilado. Percorreu o mundo com sua amorosidade e sua plena capacidade de aprender com as pessoas e suas culturas. Neste período dedicou-se a estudos, palestras, consultorias, produção de livros, que ao longo de sua trajetória e até hoje continuam sendo fonte de inspiração e estudo para educadores e professores de diferentes lugares do mundo.
Em 1980 retornou ao Brasil e em 1989 tornou-se secretário de educação na cidade de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina. A experiência na gestão municipal possibilitou a Freire a concretização de várias ações como a implantação do MOVA - Movimento de Alfabetização de Adultos, posteriormente adotado como ação educacional por outras prefeituras.
Como princípios de sua atuação, ao longo de sua vida, Freire destacou a importância da dialogicidade, caracterizando-a como uma atitude de amor, humildade e capacidade de ter fé nas pessoas, no poder de criação e recriação do ser humano.
Para Freire não há educação neutra, pois a educação é um ato político que visa à superação da consciência ingênua, substituindo-a pela consciência crítica, reforçando a ideia de que as pessoas são responsáveis pela construção e reconstrução da realidade em que estão inseridas.
Seus escritos, assim como suas ações, foram dedicados a pensar o ato pedagógico e contribuir para a formação de educadores e professores, para os quais despendeu muita atenção. Traçava o educador como um animador cultural que, ao reconhecer a realidade de seus alunos e de sua comunidade, promove a ação cultural e a educação como um grande encontro de saberes.
Até hoje o reconhecimento e a influência das ideias, deste educador, filósofo, perpassam as teorias educacionais e as práticas diárias em salas de aula de todos os cantos. Paulo Freire continua sendo um educador que está ao lado daqueles e daquelas comprometidos com uma educação plena de princípios que promovam a igualdade no respeito à diversidade.
Paulo Freire levou consigo, em 1997, aos 75 anos, o gosto de viver, deixando conosco a utopia e a esperança generosa de uma educação libertadora que se faz e se renova cotidianamente por todos nós.
Autora:
Márcia Helena Koboldt Cavalcante
professora, integrante da equipe do jornal mundo jovem
endereço eletrônico: marcia.cavalcante@pucrs.br
"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino"


Para saber mais:
Dicionário Paulo Freire - org. Jaime José Zitkoski, Danilo R. Streck, Euclides Redin - Editora Autêntica. www.autenticaeditora.com.br
Produzido por 75 etudiosos e contendo 200 verbetes, esta obra traz o registro dos pensamentos e práticas da pedagogia de Paulo Freire.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Em defesa da Escola Pública

Atualmente, somos personagens de um mundo no qual as transformações nos âmbitos social, cultural, político e econômico se processam com impressionante rapidez e força. A globalização apresenta-se como uma nova e única regra para a vida; o progresso avança tendo nas tecnologias cada vez mais complexas e primorosas, suas maiores aliadas. Novas formas de comunicação e aproximação entre as pessoas surgem, e as economias tornam-se cada vez mais intrinsecamente ligadas e dependentes umas das outras.
Diante da atual configuração mundial, como agir, qual posição tomar? Acredito que a reflexão sobre os prós e contras das tecnologias, e dos novos espaços que influenciam na formação da subjetividade humana é necessária e importante. Precisamos reavaliar nosso papel enquanto seres ainda humanos e profissionais protagonistas de um mundo pós-moderno. É fundamental pensar, em que medida o avanço tecnológico promove melhorias e facilita a vida, e em que dimensão exclui, segrega, diferencia, torna-se instrumento de subordinação e dominação.
No Brasil, assim como em outros países do chamado terceiro mundo, o analfabetismo é um fator preocupante, a fome e o desemprego um dos maiores desafios a serem vencidos, o trabalho infantil e a miséria, um obstáculo à escolarização mínima. A tecnologia torna-se, diante deste cenário, fator pouco aproveitável uma vez que faltam ainda condições mínimas de sobrevivência à grande maioria da população. Desta forma, quase que naturalmente, as vantagens da tecnologia ficam restrita aos países desenvolvidos que ditam as regras e manipulam a vida de seus subordinados da melhor maneira que os convier. É no mínimo difícil construir algo sem alicerce.
Como tirar proveito das vantagens tecnológicas se, muitos pequenos cidadãos não dispõe ainda de uma base cultural mínima, que por direito lhe deve ser assegurada, acrescentada à suas próprias experiências e à sua cultura primeira, nos termos de Snyders? Como fica o papel da escola e do profissional da educação diante deste mundo novo?
A escola pública é uma conquista que tem suas origens na Revolução Francesa, é um fato histórico de enorme importância, mas isto não a exime de problemas a serem resolvidos e de questões a serem exploradas. Uma das críticas que esta escola enfrenta, diz respeito à atualidade de seus conteúdos. O mundo globalizado trouxe consigo novas exigências, e, portanto, a escola, inserida neste mundo deve preparar o aluno para conhecê-lo e nele atuar; isto significa que a escola deve permitir ao aluno o acesso às tecnologias. Concordo, a escola precisa evoluir enquanto realidade social. Mas é fundamental que ela não esqueça a cultura clássica, aquele legado em cujo bojo se encontra o que há de mais universal e permanente das produções humanas. A escola precisa encontrar entre o novo e a tradição, o seu equilíbrio.
Conforme Álvaro Vieira Pinto, a educação é por natureza contraditória, pois implica simultaneamente conservação e criação. Portanto não há necessidade de se incorrer no erro de criar situações artificiais com as crianças para que o saber se manifeste, conforme os termos de Perrenoud. Acredito que a escola é capaz de trazer para a sala de aula o atual, o novo, o real, mas ao mesmo tempo, de valorizar igualmente aquilo que, por resistir ao tempo tornou-se o saber clássico, ao qual todos devem indistintamente ter acesso. Em outras palavras, e lembrando Forquin, a "oferta cultural escolar" não pode ser independente de uma "demanda cultural social", mas que não pode estar à mercê desta demanda e nem se regular por ela, seguindo suas exigências e contradições. É justamente por isto que a escola persiste, e por tal equilíbrio e autonomia o professor não perde o seu valor e mestria: pela capacidade que cada escola tem de, ainda de acordo com Forquin, encerrar em si mesmo o mosteiro e a cidadela.
Nós professores somos um dos principais agentes a lutar para que, lembrando o sociólogo Herbert de Souza, a pós-modernidade não produza um mundo menor que a humanidade.
Referências Bibliográficas:FORQUIN, J. C. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.PINTO, Á. V. Sete lições sobre educação de adultos. Rio de Janeiro: Ática, 2000.SNYDERS, G. Alunos Felizes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.PERRENOUD, P. Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para a democracia.
Porto Alegre: Artmed, 2004.

domingo, 5 de abril de 2009

QUEM É QUEM?

Fritz Roloff - Presidente da AGPTEA
Mais uma vez o ano letivo se iniciou num cenário de grandes e inúmeras incertezas para os profissionais da rede pública estadual. Os diversos governos que passaram pelo Palácio Piratini, para se eleger, utilizaram-se do tema educação como prioridade do programa, mas, na prática, nunca fizeram isso. O atual governo, e a conjuntura que nós estamos vivendo, é uma das piores para a educação enfrentada até hoje. Para poder implementar o seu projeto, usa-se uma tática de enfraquecimento da escola pública e de ataque aos direitos dos trabalhadores. As táticas usadas pelo governo estadual são a enturmação, a multiseriação, séries diferentes e diferenciadas na mesma sala de aula, e o fechamento de escolas, salas de aula, bibliotecas, laboratório de informática, além do sucateamento das Unidades Educativas de Produção das Escolas Técnicas. Especialmente as agrícolas vivem um verdadeiro drama, pois além da falta de funcionários, os professores nomeados da área técnica estão em sua maioria em processo de aposentadoria e não há perspectiva de formação e nomeação para esta área.
Temos assistido ao sucateamento das escolas e a uma constante propaganda negativa da escola pública. Assim, primeiro se sucateia, depois passa-se por um processo de avaliação do desempenho. Infelizmente esse processo só serve para aprofundar os problemas da qualidade. Qualquer organização que se preocupa com a qualidade sabe que não se alcança o sucesso se os envolvidos no processo não forem ouvidos e se não lhes for dada a oportunidade de participar.
O governo agora apresenta uma proposta de avaliação por desempenho com premiação - como se fosse possível premiar a capacidade de aprender, reduzindo as turmas a objeto de manipulação como se os alunos fossem pequenas máquinas capazes de armazenar os dados que interessam aos governantes no poder. No entanto, sabemos que tudo isso tem um propósito claro de fugir do debate de uma política salarial dos trabalhadores em educação. O governo quer incentivar com prêmio e quer estabelecer através de disputas qual a melhor e a pior escola, onde estão os melhores e os maus alunos, e onde estão os bons e os maus profissionais. Esse ambiente não contribui em nada para o processo da aprendizagem, nem para o processo da construção do conhecimento e da formação dos alunos. Este, aliás, é um processo bem conhecido que pode ser comparado a uma festa "onde rola de tudo" e no dia seguinte alguém precisa "juntar os cacos".
Quero continuar a acreditar no bom senso e na valorização do ser humano. A história sempre prova que em todos os tempos a sociedade só evoluiu seus valores quando investe na formação de indivíduos de princípios, para formar cidadãos honrados, cujo trabalho contribui para o bem comum. Em meio a discussões políticas entre governo e entidade de classe representativa do magistério, encontram-se os que deveriam ser os verdadeiros protagonistas desta história. É da natureza do homem compartilhar e se entusiasmar com a descoberta do outro, com a compreensão que o levará sempre a um novo saber e, provavelmente, a uma nova solução.
A AGPTEA, entidade da qual, com muito orgulho, sou presidente, tem estado presente e atuante na defesa de condições justas e gratificantes para os seus associados e é solidária com o magistério estadual categoria que, sabe-se, anda descontente. Tenho a certeza que mais uma vez as qualidades desta categoria superarão as tentativas de reduzir a educação a um objeto de manipulação nos princípios da qualidade total.
Fritz Roloff - Presidente da AGPTEA

PENSAMENTOS QUE TRANSFORMAM

PENSAMENTOS QUE TRANSFORMAM
O que suspeita mal sofrerá suspeita, pois se acerca de desconfiados. O delator será traído, pois se associa aos delatores. O traidor não terá repouso, pois entre os traidores tem seus segredos. O que denuncia será desbaratado, pois tem lugar com os denunciadores. O acusador sofrerá acusação, pois tem amizade com os acusadores. O que julga será condenado, pois com os juízes se assenta. Todo que condena sofrerá execução, pois com os carrascos firma parceira.O ciumento vive sob vigília, pois seus amigos ardem em ciúmes. O perseguidor sofrerá perseguição, pois vive em companhia de perseguidores. O violento será agredido, pois caminha com agressores. O que explora será defraudado, pois busca amigos entre exploradores. O que difama será difamado, pois conta sua vida para os que amam difamar. O invejoso sofrerá inveja, pois canta vitória para os invejosos. O mentiroso será enganado, pois deposita fé em mentirosos. O impiedoso sofrerá impiedade, pois confia nos cruéis. O orgulhoso sofrerá humilhação, pois têm os orgulhosos em alta conta. O escarnecedor será posto por palhaço, pois se ri com os escarnecedores. O que oprime será oprimido, pois se associa aos opressores e todo que desdenha será menosprezado, pois com arrogantes debate.Assim como o servo não tem parceira com o leão, não pode a ovelha ser igual aos lobos, como lobos jamais guardarão o rebanho. Quem ama a polícia vai primeiro para a prisão, assim como o que acompanha o ladrão será roubado de antemão. O melhor amigo do bodegueiro é o bêbado e a esse mesmo é que ele põe para fora. Ninguém pode ser feliz se vive a queixar-se, assim como serão poucos os dias do que tira a vida alheia. O que rouba terá sempre falta, enquanto o que ele lesa terá para ambos sempre.Da forma que pensarmos, assim viveremos – quem pensa que é o diabo, faz da sua vida um inferno; aquilo com que simpatizarmos, assim seremos; do que mais fugirmos, mais nos aproximaremos e o que mais temermos é justo o que atrairemos.Mais vale aproximar-se do bem do que viver a fugir mal, pois o que foge do que não quer está sempre à sua volta.Se queres ser feliz, produza felicidade; se queres amor, ame; se desejas ser respeitado, respeite; se precisas de perdão, perdoe; se desejas a paz, apazigúe; se esperas uma oportunidade, dê uma chance; se queres sucesso, promova; se esperas tolerância, deixe passar; desejas misericórdia, tenha piedade; se queres carinho, acaricie; se procuras compreensão; compreenda; se queres auxílio, ajude a todo que te pedir.Não espere pela paz, pois ela depende do que cada um pode fazer. Faça a sua parte e o bem avançará uma fração. Não espere pelo outro, pois você é o outro para todo aquele que você não é.

WilsonAmaral - Escritor, publicitário

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Final de semana terá quatro espetáculos no Teatro Municipal

O Teatro Municipal de São Leopoldo, localizado na Rua Osvaldo Aranha, 934, Centro, receberá quatro espetáculos cênicos entre sexta-feira e domingo. As peças irão trazer temáticas adultas e infantis, garantindo programas culturais para toda a família.

O Grupo de Teatro Velho do Saco irá exibir, em três ocasiões, os fragmentos de “O Analista de Bagé”, obra de Luis Fernando Veríssimo. As duas primeiras apresentações ocorrem na sexta e no sábado, dias 3 e 4 de abril, às 20h. A dose se repete no domingo, 5, às 19h. Os ingressos antecipados estão à venda na Livraria do Trem, junto à Estação São Leopoldo, por R$ 7,00. A administração do Teatro Municipal vai disponibilizar bilhetes momentos antes do início da atração por R$ 10,00. O espetáculo é destinado aos maiores de 14 anos e têm duração de uma hora. O elenco é formado pelos atores Leandro Coimbra, Tiago Seidl, Totonho Lisboa e Zé Roberto Soares.

Os pais que pretendem fazer programas culturais com os filhos no final de semana também podem comparecer ao Teatro Municipal. No domingo, às 15h, o Teatro Geração Bugiganga (TGB) e o Sesc exibem a peça “Vamos Brincar de Páscoa”. Com duração de uma hora, a obra é direcionada especialmente ao público infanto-juvenil. A entrada é franca.


Carlos Rollsing Braga
Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo
Fones: 3568 4346 - 9274 0980

Vamos fazer uam rede pela paz - Mais artigos


A paz mundial
por Ruleandson do Carmo em ,

Eu sonho com um mundo colorido, onde todas as crenças e fés convivem em harmonia, as pessoas tem mais esperança, todas as raças se abraçam, os animais vivem soltos pela floresta, não há nenhuma discriminação contra gays ou héteros, Michael Jackson voltou a cantar e ser negro, Madonna voltou a ser puta e Shakira voltou a ser santa. O que eu quero? A paz mundial! É este o sonho coletivo da maioria das pessoas. Pelo menos é o que elas discursam.
Mas, o que você tem feito pela paz mundial? Quando os ânimos se exaltam o que você faz: briga, grita, esperneia, mas não sai da discussão sem provar que está certo? Ou você cala, silencia e deixa para discutir em outro momento? Será que você sonha com a paz mundial, mas não faz nada pela paz ao seu redor?
Eu era uma das milhares de pessoas que não saia de uma briga sem dar o último grito (e eu gritava MESMO!). Finalmente, mudei. Vi que não adianta gritar para impor minha razão. Quem é "surdo" não vai me ouvir, por mais que eu grite. Quem "apela" perde sempre a razão, mesmo estando certo. É preciso sim ser polido, ser político. Um dia, um professor ensinou "é melhor ser a parte que cede". Cedi, aprendi, alguém tem que ceder.
Aprendi o poder do silêncio. Quando alguém diz algo que me ofende, magoa, humilha, ou revolta, eu não brigo. Olho para o nada e fico em silêncio, não respondo as provocações. Os ânimos se abaixam e a outra pessoa percebe o papelão que está fazendo ao discutir sozinha, ou ao ouvir o que ela está propondo. Se for preciso, viro as costas e vou embora, sem dar uma palavra!
Por que eu faço isso? Simples, primeiro porque eu estava, quando mudei, cansado da fama de "bravo" e segundo pela paixão! Sim, a paixão! Aristóteles¹ já dizia há séculos atrás que a raiva é uma paixão, e as paixões são todos os sentimentos que alteram nossa capacidade de julgamento. Portanto, quando alguém está com raiva, você não conseguirá nada até que aquela pessoa entre no estado oposto de paixão: a calma. Por isso, é melhor silenciar, deixar a poeira baixar e depois acertar os ponteiros. É preciso saber parar! Ninguém sabe se uma pequena briga vai terminar em um copo de cerveja, na perda de uma grande amizade ou até em morte. Leia os jornais! Há pessoas morrendo por pranchas de cabelo usadas sem permissão do dono! Seja você a saber onde uma briga vai parar ao colocar um fim pacífico nela! Deixar uma discussão de lado não é perder, é poupar sua energia para algo mais valioso! Você vale muito, não se gaste com pouco, não desgaste o outro com pouco.
É assim que eu tenho feito. Quando estou com raiva eu fico calado, refletindo (ou vou lavar o banheiro, terapia comprovadamente funcional). Ainda não consegui a paz mundial, mas já consigo um pouco mais de paz no meu pequeno mundo. Garanto, que já é um bom começo... Em uma briga a última palavra pode sempre ser a sua e eu torço para que seja uma palavra de paz. E quando não souber o que falar, não fale, deixe um abraço encontrar o espaço das palavras.
"Não vou viver em uma guerra fria com quem eu amo"
(Law & Order: SVU)

*Sei que a paz mundial, não se refere às simples brigas entre casais, amigos, familiares e etc., mas tais brigas são também a falta de paz, nos relacionamentos humanos, grande foco deste blog.
http://www.eusoqueriaumcafe.com/2009/01/paz-mundial.html
¹ ARISTÓTELES; FONSECA, Isis Borges B. da. Retórica das paixões. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

MEU CANTO É DE LIBERDADE

MEU CANTO É DE LIBERDADE
Letra: Gilmar Pinto
Os meus olhos não se cansam
De olhar firme no horizonte
Acreditar, ver mais longe
A realidade distante
Sonhar com a pampa livre
Os campos verdes floridos
O pão sobrando nas mesas
Nas lavouras, o colorido
Não ver bretes e alambrados
Dividindo gente e terra
Esquecer para sempre a dor
Nunca mais falar em guerra
Meu canto é de liberdade
E busca o eco mais alto
Quero o peão dono do campo
Não na beira do Asfalto
Sou a imagem do meu Deus
E canto como um bravo
Povo que não tem virtudes
Acaba por Ser Escravo.
Aprendi desde guri
A ouvir para opinar
E através dessa canção
Faço este grito ecoar!

Música que estará no segundo CD do grupo ECO DO PAMPA

VAMOS FAZER UMA REDE PELA PAZ

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética.. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
MARTIN LUTHER KING

VAMOS FAZER UMA REDE PELA PAZ?

Aprovada audiência pública sobre o crack

O encontro que promoverá um amplo debate sobre o tema, com a presença de diversas entidades públicas e privadas, será realizado no próximo dia 9.

Os membros da Comissão de Serviços Públicos (CSP) aprovaram no dia 26 de março, de forma unânime, a realização de uma Audiência Pública visando políticas de saúde, segurança e educação no combate ao crack. No texto, de autoria do presidente da CSP, deputado Fabiano Pereira (PT), foram inseridas novas propostas como, por exemplo, a participação do Governo Federal e da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, assim como a criação de um Fórum Permanente de debate sobre o tema.

Exatamente um mês após o pedido de audiência pública ser entregue à CSP, ocorrerá a reunião. Será no dia 09 de abril, às 09h, na sala Maurício Cardoso da Assembleia Legislativa. O evento contará com a presença do Estado, através das Secretarias da Saúde, de Segurança Pública e de Educação; do Ministério Público Estadual, da FASC; da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho; e de órgão de atendimento à criança e ao adolescente, assim como toda a sociedade civil organizada interessada pelo assunto.

Encaminhamentos

Ainda na reunião de hoje, a CSP aprovou o Projeto de Lei 176/2008 que autoriza a doação de um imóvel do Executivo ao município de Lajeado. Além do pedido de audiência pública sobre o crack, a CSP também votou outros quatro requerimentos. Solicitado em conjunto pelos Sindicatos dos Jornalistas Profissionais e dos Radialista do RS, o pedido de audiência publica para tratar sobre questões relacionadas à Fundação Cultural Piratini (TVE e FM Cultura) foi transferido para a próxima semana, dia 02 de abril.